Mulheres Yá.

" Trajes brancos, saia rodada, torço na cabeça, colares de contas coloridas no pescoço...

Esse é o visual típicos das mães-de-Santo, 

a tranqulidade é o segredo de tamanha sabedoria cercada de filhos e filhas 

em nome do amor a Deus e devoção aos Orixás. "

Mãe Stella de Oxossi.

" Nós conseguimos impor a crença trazida pelos escravos, 

pelo respeito humano que sempre guiou nossas ações. Por isso, hoje, 

brancos e negros, pobres e ricos se unem aqui em busca de paz e equilíbrio. 

Somos a tradição e o novo. "

Maria Stella de Azevedo Santos - Ya Odé Kayode, nascida em 2 de maio de 1925.

Hoje uma das líderes religiosas mais conhecidas, formada em Enfermagem pela UFBA.

Iniciada no Candomblé por Mãe Aninha em 1939 quando tinha apenas 14 anos no Ilê Axé Opô Afunjá e tornou-se Yalorixá em 1976, escolhida por Xangô e búzios quando tinha 49 anos.

Mãe Stella viajou várias vezes para a Áfrika visando aprofundar seus conhecimentos na cultura Iorubá que até então era basicamente oral e que com seus conhecimentos conseguiu tranformá-la em uma herança escrita o que possibilitou um entendimento maior da língua para todo país.

Escreveu dois lindos livros cujos títulos são: "E daí aconteceu o encanto" e "Meu tempo é agora".

Além de tudo, dentro da comunidade onde de encontra o Terreiro existe escola e vários outros trabalhos sociais.

Mãe Carmem

“Eu converso com meus filhos-de-santo como converso com minhas filhas, sem diferença. Graças a Deus, temos uma relação de amor e respeito. Somos todos de uma mesma família. É preciso muita organização para dar conta da vida pessoal e do terreiro...o Axé é a nossa força. Com a fé, todos os objetivos serão alcançados”

A filha caçula de Mãe Menininha do Gantois, Mãe Carmem é a atual Yalorixá do Terreiro Ilê Iyá Omin Axé Iyamassê. Iniciada no Candomblé aos cinco anos de idade, filha de Oxalá e com 45 filhos de Santo, ela esbanja simpatia, autoridade e respeito á religião.

  Como moro pelas redondezas do Gantois, já tive o grande prazer de conhecê-la e ter uma pequena grande conversa. Dentre suas qualidades o que mais encanta é que para ela ser humanos são todos iguais quando o assunto é tratar bem. 

Confesso que cheguei no Gantois cheia de receio porque apesar de morar perto, eu sabia que era o Terreiro mais conhecido do Brasil, achei que fosse realmente algo meio distante, aquela coisa bem cheias dos não me toque, rs, mas ao conhecer as pessoas da Casa vi que nada mais eram do que uma grande Família e simples tão quanto ou mais do que em qualquer outro lugar, eles realmente são uma grande Família, e acredito que tudo isso acontece graças á sua liderança e amor deles para com ela e religião e vice-versa. 

O Gantois também possui trabalhos sociais para com a comunidade do bairro da Federação.

"No Gantois, nós conversamos e orientamos mães solteiras e adolescentes, além de ensinar dança, arte, música e percussão a crianças, idosos e desabrigados”, diz a yalorixá.